Em 14 de julho, o Cônsul-Geral Yu Peng publicou um artigo intitulado "Aprofundando a Parceria do BRICS, Abrindo juntos um Novo Capítulo para a Cooperação do Sul Global" na Band, para promover os frutos da 17ª Cúpula de Líderes do BRICS. O artigo completo:
Nos dias 6 e 7 de julho, a 17ª Cúpula de Líderes do BRICS foi realizado no Rio de Janeiro, Brasil. Sob o tema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", os líderes participantes debateram profundamente, defendendo a igualdade, o respeito mútuo, a solidariedade, a colaboração e o sucesso conjunto. Alcançaram amplo consenso e resultados frutíferos.
Esta Cúpula do Rio marca outro encontro crucial após a expansão do BRICS, sinalizando que a "Grande Cooperação do BRICS" entrou em uma nova fase. A Cúpula acolheu formalmente a Indonésia como membro pleno e admitiu dez países, incluindo Malásia e Bolívia, como países parceiros. Isso demonstra plenamente o forte poder de atração do mecanismo de cooperação do BRICS e reflete o desejo urgente dos países em desenvolvimento de buscar unidos o desenvolvimento autônomo.
A cooperação do BRICS, que começou com questões econômicas, expandiu-se para uma estrutura ampla e multifacetada impulsionada por "três pilares": segurança política, comércio e finanças, e intercâmbios culturais e interpessoais. Tornou-se uma força positiva, estável e construtiva crucial no cenário internacional. Atualmente, as mudanças globais sem precedentes estão acelerando, conflitos geopolíticos surgem um após o outro, o unilateralismo e o protecionismo estão em ascensão, a recuperação econômica é fraca e as regras e a ordem internacionais estão sendo seriamente desafiadas. A sociedade humana se encontra novamente em uma encruzilhada histórica. A Cúpula do BRICS aprovou a Declaração de Líderes do BRICS — Rio de Janeiro, a Declaração dos Líderes do BRICS sobre Governança Global da Inteligência Artificial e a Declaração-Marco dos Líderes do BRICS sobre Finanças Climáticas, injetando estabilidade valiosa e forte energia positiva em um mundo em turbulência e transformação, além de traçar um roteiro claro para a próxima fase da cooperação do BRICS.
Diante dos complexos desafios de segurança internacional, os países do BRICS emitiram um forte e claro apelo para a manutenção do multilateralismo e a defesa da justiça e equidade internacionais. A Declaração reitera o compromisso dos países do BRICS em manter o sistema internacional com a Organização das Nações Unidas (ONU) em seu centro e o direito internacional com a Carta das Nações Unidas como seu alicerce. Eles defendem o princípio da segurança indivisível e pedem a resolução pacífica de disputas por meio do diálogo e da consulta. A Declaração reafirmou o forte consenso sobre a promoção da reforma do sistema de governança global, apoiando explicitamente a reforma abrangente da ONU, incluindo seu Conselho de Segurança, para aumentar a representação dos países em desenvolvimento entre os membros do Conselho de Segurança e fortalecer a voz do Sul Global. Esta série de declarações importantes contribuiu com a sabedoria do BRICS para resolver o dilema da segurança global.
Diante da fraca recuperação econômica global, do aumento do protecionismo e do aprofundamento da lacuna de desenvolvimento, os países do BRICS estão empenhados em promover a construção de uma globalização econômica inclusiva e universalmente benéfica. A Declaração enfatiza a necessidade de reformar o Sistema de Bretton Woods, estabelecido há mais de 80 anos, e de aumentar a voz e a representação das economias emergentes e dos países em desenvolvimento no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial. Todas as partes expressaram séria preocupação com o uso indevido de barreiras tarifárias e não tarifárias, bem como com medidas protecionistas comerciais em nome do meio ambiente, e apoiam firmemente o sistema multilateral de comércio centrado na Organização Mundial do Comércio (OMC). A Cúpula elogiou e apoiou fortemente o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) por desempenhar um papel mais robusto em sua segunda "década de ouro", incentivando-o a expandir o financiamento em moeda local e o número de membros. A Cúpula também alcançou uma série de resultados práticos no que diz respeito à garantia da resiliência da cadeia de suprimentos, ao fortalecimento da cooperação em capacidade industrial, ao avanço da cooperação em inovação de redes futuras e ao aprofundamento da cooperação em inovação científica e tecnológica, injetando uma poderosa "dinâmica BRICS" na economia global.
Diante de desafios globais como as mudanças climáticas, a saúde pública e a governança da inteligência artificial, os países do BRICS reafirmaram que não há saída para a abordagem isolada, e que a solidariedade e a cooperação são o caminho certo. Os dois documentos sobre governança global de inteligência artificial e financiamento climático aprovados nesta Cúpula demonstram a determinação e a capacidade de ação dos países do BRICS em enfrentar desafios comuns. Todas as partes defendem a construção de um sistema de governança no campo da inteligência artificial centrado na ONU e o fortalecimento da capacidade dos países em desenvolvimento. Eles enfatizam a necessidade de cooperar no combate às mudanças climáticas com base nos princípios de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e se opõem claramente a medidas protecionistas unilaterais como o "Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira". Além disso, a Cúpula também alcançou consenso sobre o fortalecimento da arquitetura global de saúde, a garantia dos direitos das mulheres, a promoção da diversidade cultural e o aprofundamento dos intercâmbios interpessoais, refletindo plenamente a filosofia de desenvolvimento "centrada nas pessoas" da cooperação do BRICS e a nobre busca pela construção de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.
O Brasil é o maior país em desenvolvimento do hemisfério oeste e um parceiro importante da China no âmbito de cooperação do BRICS. O sucesso da Cúpula do Rio não apenas apontou rumo para o futuro da cooperação do BRICS, mas também trouxe oportunidades históricas sem precedentes para o aprofundamento das relações sino-brasileiras na nova era e para a expansão da cooperação prática entre os dois países. Sob a orientação do espírito do BRICS, a China, juntamente com todos os países parceiros, inclusive o Brasil, permanecerá firmemente do lado correto da história e do progresso humano, aprofundando a parceria de alta qualidade e iniciando em conjunto uma nova era de autoconfiança e união do Sul Global!